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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Adeus 2009




Último dia do ano, cai uma chuvinha, eu acordei agorinha e esse é o momento perfeito pra fazer um balanço de tudo que foi!

Sala de aula e eu

Este foi meu primeiro ano de magistério. Demais! Apesar da mudança de escola, em pleno meio de semestre, a mudança foi ótima. As responsabilidades, os longos planejamentos, as tarefas. Delícia!
Primeiro ano que ensinei alguém a ler. Foi emocionante, em junho, quando o Luan conseguiu ler, ali, na minha frente! Aquilo me deu mais gás ainda... E ainda que sem muita certeza, continuei. Minha chefe diz que eu sou desesperada. E sou mesmo, assumida! É minha forma de compensar a experiência que eu não tenho. E sim, Felipe, Lorrane, Pablo, Anny Michaelly, Diego (e será que esqueci alguém) leram ao fim do ano. Descobri que gosto de alfabetizar. \o/

Transformações

A garota cedeu seu lugar a mulher. Sim, sim! Finalmente deixei o amontoado de inseguranças pra lá. Muitos medos do que os outros vão pensar; muitas comparações entre eu e os outros.
Esse ano eu me assumi. O tempo de fazer concessões pra que os outros gostassem de mim também passou, da forma dolorosa que era. Uma hora pára, afinal.
Eu falo muito, mesmo. Escrevo pra me entender. Amo e sou presente, do meu jeito. Escuto com atenção, leio nas entrelinhas. Tenho uma intuição certeira. Sou infeliz, as vezes, como todo mundo, mas alegre sempre, esse é meu jeito de ver a vida.
Comecei o ano morena e tô aqui, quase loira. Gostei da mudança. Mais arrumadinha, sendo obrigada a arrumar melhor o cabelo, que me fez me arrumar mais, de certas formas.

São tantas emoções

Muita coisa mudou! Velhos amigos continuam fazendo parte da minha vida, outros não. Descobri que não sou pessoa de multidão de amigos. Poucos e bons.
Que me leva ao outro lado disso... Tô falando menos. Engraçado, porque eu já fui de expor minha vida pra todo mundo. Desencanei. Porque exposições exageradas não são legais, porque, sei lá, as vezes falar menos é melhor.
No grande show do ano (Teatro Mágico, abril) eu tava de cama com uma virose chatérrima, nos outros shows eu estava sem dinheiro e/ou impossibilitada de ir. 2010 que me aguarde, nada há de me segurar!!

2009

- aprendi a dizer não;
- mudei a cor do cabelo;
- comecei a malhar;
- acampei;
- voltei a usar tomara-que-caia;
- descobri que brigo gritando;
- aprendi a brigar phyna, sem escândalos;
- comecei a ter menos expectativas sobre possíveis relacionamentos;
- disse Eu te amo pros meus amigos;
- deixei de ser tão boazinha;
- li muito;
- comemorei o primeiro dia dos professores em sala de aula;
- ganhei muitas cartinhas/desenhos/bilhetes dos alunos fofos;
- parei de reclamar por ser magrela;
- comprei um óculos roxo;
- paguei minhas próprias contas;
- tomei 1/2 taça de vinho (hahahaha, que tosco isso!);
- não me iludi por nenhum ser do sexo masculino bom de lábia;
- aprendi a fazer stencil (eu nem sei como escreve o nome dessa m#%$) e usar o mimeógrafo;
- melhorei meu relacionamento com meus pais;
- nasceu minha sobrinha!;
- escrevi bastante;
- fui bastante ao cinema;
- comecei a aprender a ser professora;

não consigo me lembrar mais. =P

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Crescer dói?

A dor de me pertencer
Já não sufoca
A dor de dizer não
Já não me maltrata
A culpa do desejo
Já não me consome
A dor de me tornar indiferente
Já não amedronta

Independência ou insegurança!

A dor. O não. A culpa. A indiferença.
Há quem mereça não ser mais parte.
Há que se aprender a assumir o que se quer.
Há que se negar.
Doa a quem doer.
Capice?

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Querido Papai Noel,


Espero que ainda não esteja muito tarde pra te escrever uma cartinha. Eu, como a minha amiga Fran, preferi usar meios tecnológicos pra te escrever.

Tenho uma certeza, assim, meio infantil, que você lerá minha cartinha.

Eu não me lembro de ter escrito cartinhas pra você quando era criança, mas esse ano escrevi uma com meus alunos. Achei o máximo! Daí me deu uma vontade de fazer o mesmo...

Eu não tenho muitos pedidos, sabe? Eu já sou uma moça, ops, mulher crescida, aprendi a maravilha que é pagar minhas próprias contas. Esse ano, aliás, foi o primeiro que fiz isso, começando minha carreira.

Confesso, Papai Noel, que isso me deixa mega feliz comigo mesma.

Nem vou te pedir um moreno, inteligente, que goste de conversar, seja engraçado, seja confiável e trabalhador, porque ultimamente ando meio com medo dessas coisas às escuras!


Nem vou pedir um carro ou uma super viagem de férias. Nem aquela bolsa que vi essa semana. Talvez uma sandália de salto grosso que não machuque meu pé seja uma boa pedida, mas essa eu mesma escolho.


O que eu mais quero mesmo é coragem, pra enfrentar as dificuldades de ser mulher; e quero fé, pra não perder minha integridade; quero uma boa saúde e força, pra fazer dar certo. Quero as pessoas que amo sempre perto de mim.

Quero muito, muito amor pela vida, pra fazer da queda, no mínimo, uma piada. Quero um pouco mais de segurança e fé no meu taco, também.


Não precisa ser essa noite, nem embrulhado num papel de presente. Eu adoraria pequenas doses diárias, durante os dias de 2010.



Um beijo, Thais Millena

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

'De tudo ficaram três coisas:

a certeza de que estamos sempre começando , a certeza de que é preciso continuar, a certeza de que seremos interrompidos antes de terminar.

Portanto devemos fazer da interrupção um caminho novo,
da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da procura um encontro.'

- Fernando Sabino

domingo, 20 de dezembro de 2009

Quem sou eu??

Um dia eu me vi fazendo essa pergunta. E não soube responder.
Por que estava tão habituada a fazer tantas coisas e nunca me escutava, por que não gostava do que era, por que estava preocupada em agradar os outros, por que corria demais..
Me conhecer exigiu tempo. Muito tempo.
Mas valeu a pena... Pois me conhecer me trouxe liberdade.
Pra escolher o que acho certo, o que me convém, o que me faz feliz. Pra escolher, enfim.

Eu aprendi, enquanto buscava minha resposta, que precisava de um abrigo. Alguém em quem me apoiar, me esconder. Uma referência máxima. Um amor inabalável.
Não sei se você é assim, mas eu absolutamente sou!
Sem ser piegas, heim? Mas Nele eu encontro liberdade pra ser... Qualquer coisa que eu quiser!

'A liberdade veio como a arma que não mata, uma explosão do amor de Cristo que não fere'
[Resgate]

Não fomos criados pra prisões, meu povo!
Não sei se você já percebeu, mas ser sempre engraçadinho, inteligente, revoltado, boa pessoa, gente do mau, gênio difícil, esperta, linda, feinha, etc etc é uma forma de prisão.
Um jeito esquisito de nos obrigar a andar sempre dentro da garrafa quadrada de um litro que você comprou no mercado da esquina.
Eu heim? Já passei dessa fase!

'Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.'
[Gálatas 5.1]

Se ligou? Em Jesus já somos (ou podemos ser) livres. Não precisamos mais buscar fôrmas prontas.

Enfim...

"Parece que foi só ontem que começamos a escapar da armadura do caráter", escreve William Kilpatrick, "que foi apenas um momento atrás que começamos a experimentar com um espectro mais amplo de possibilidades, identidades e relacionamentos. Os balanços do pêndulo, no entanto, estão mais rápidos hoje em dia (...) e o pêndulo da formação da identidade já assumiu uma tendência exagerada em direção à fluidez e à experimentação e para longe da continuidade e da fidelidade" (citado por B. Manning, nO evangelho maltrapilho)


Por onde balançam os pêndulos do seu coração??????

#Metanoia

'Imagine que você está participando de uma corrida e está tentando chegar ao fim e ganhar o prêmio. No entanto, por mais que você se esforce, jamais consegue alcançar a linha de chegada, pois há um grande peso amarrado a uma de suas pernas. Você luta para puxá-la, mas ela a atrasa e a faz ficar tão cansada e exausta que se sente tentada a desistir de tudo. Não lhe passa pela cabeça que você não precisa carregar o peso. O peso faz parte de você há tanto tempo que nunca imaginou a vida sem ele. Contudo, você não pode terminar a corrida [..] até se livrar do peso.'

[Stormie Omartian, O poder da mulher que ora]


' Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.'

[Romanos 12.2 NTLH]

Tem certos conceitos, culturas, hábitos que precisamos des-aprender. Você sabe do que eu estou falando, certo? As vezes aprendemos errado, noutras a dor nos ensina diferente, em algumas, cansamos de sofrer, ou simplesmente andamos no mesmo ritmo da multidão.

[MAS]

E os sentidos?
Razões secretas, motivações escondidas.
A plenitude de quem aprendeu a fazer conforme seu coração, que aprendeu a caminhar num ritmo próprio, dando valor ao que é valioso.. AHHHH! Isso nenhuma multidão tem.

Massas são infertéis. Infelizes. Esteréis. Amarguradas.

E você?
Eu prefiro escolher a vida.

domingo, 13 de dezembro de 2009

my mystakes '

Eu sinto falta de errar um pouco mais, eu acho. Agora que o frissom de me iludir com tão pouco - e construir fundações com quem não quer saber de nada - passou eu... Preciso tentar mais. Sair da minha zona de estabilidade. Mas não tô falando do erro banal, mas da vontade de tentar o alvo. Até acertar.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Trust is...


'Meu coração conhece e segue a Tua voz

A tua sombra: o meu descanso
[...]

Uma certeza:

O meu socorro num piscar dos meus olhos

e a minha paz ouvindo o som da tua voz

e a Tua mão pra dissipar o meu pranto

és o meu lugar aonde descansar'


[Resgate - O meu lugar]

domingo, 6 de dezembro de 2009

- Nas definições simples sempre vai faltar muita coisa.

Eu falo demais, penso mais ainda. Sonho alto.
Não me entrego por pouca coisa. Busco sentidos secretos e verdades escondidas.

O óbvio não me atrái, o simples sim. Gosto de quem eu amo perto de mim. Tenho as melhores amigas do mundo!
Os amigos mais sumidos, mas ainda assim, tudo de bom.
Escolho ter escolhas. Assumo o que opto.

Tenho medo de me expor demais. De vez em quando tenho medo de ser mal interpretada, outras vezes tô nem aí.

Não sou organizada, mas gosto dos detalhes.
Gosto de companhia, cheiro, abraço, comida, cinema, livro, filme, beijo.
Acredito que o amor muda muita coisa.
Confio no poder de Deus pra nos redimir do pior que podemos ser.
Eu já chorei mais. Mas aprendi a fazer de cada queda um passo de dança - como diria o poeta.
Me entrego a tudo que faço. Sou intensa e transparente. Racional... E feliz! Acho que alegria é um modo de aprender a ver a vida.. E sorrisos mudam muita coisa!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

- Eu tô cansada.

Doida pelas férias. Cansada. Não aguento mais olhar pra cara daqueles meninos. Daquele indivíduo. De todas aquelas pessoas. Aff. Tô fazendo contagem regressiva. Sossego. Olha que palavra mais linda!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

- Tô com um nó na garganta.

- Parece uma coisa engasgada, que não quer descer de jeito nenhum.
- Mais água?
- Não obrigada. Quem sabe uns berros. Quem sabe uma briga. Eu já sei que não resolve assim, que isso é se colocar pra fora a minha frustração. Mas a culpa é toda sua, então que se dane os comportamentos aceitos e a boa educação. - Procuro na minha mente os palavrões mais feios, aqueles que eu só digo em pensamento. Porque os causadores de dores enormes os merecem. Aos berros.

sábado, 31 de outubro de 2009

Sou do tipo que acredita, sabe?

Amor, amizade, sinceridade, empatia, diálogo, respeito, afeto, valores :)
E a esperança? Como Jeremias, eu trago a memória aquilo que me traz esperança.
Mesmo quando parece que a sociedade vai desmoronar, tamanha bagunça e violência, ainda tem pessoas que fazem dar certo. Eu sempre prefiro jogar nesse time!
E, antes que algum engraçadinho me pergunte, eu vivo nesse mundo. Mesmo que guarde num baú minhas esperanças, as trago junto de mim.
A fé ronova minhas esperanças, apesar de.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A poesia faz parte de você?

Me pergunto se algum dia já me disse sem a poesia, tento me lembrar a partir de quando meus sentimentos não-expressivos se demudaram em palavras...
Não sei a resposta.

Sentimentos indecifráveis, lembranças inteligíveis, quereres leves e pesados se tornaram frases sem sentido, componente da minha alma.
Não sei a resposta!

Minhas palavras são uma extensão de mim, pistas pra quem quiser me encontrar, olhares pra quem quiser ver, maneiras de tentar entender.
Ou sei a resposta?

Uma dor, uma lástima, um sofrimento, uma marca, um sonho, um amor, tudo vira poesia.
Os sentimentos sem cor, o desejo sem razão, o que ficou pela metade, tudo aquilo.

Ao menos tenho algumas respostas-alento: sou eu, vivendo.

E é a poesia, vivendo em mim.

Metafórica identidade


Eu não sou perfeitinha
bonitinha
certinha

Sou?
Música
Cor
Ritmo
Luz
E palavra

Sou?
Mulher
Graça
Gratidão
Mudança

Imperfeita
- retilínea? -
Descaminhos
- uma hora me acho! -

Há um quê de pós-modernidade aqui?
É só a poesia rascunhando
Os tantos vieses da vida


Há um dizer, dos tantos papéis recebidos
Entregues e exigidos

Há o sabor de me ver de tantas formas

Eu sou... Vida que pulsa
- definitivamente? -

Eu...
Os erros que outros vêem não apagam
Os vieses que a vida fez em mim
A alegria que brota, todo dia

sábado, 24 de outubro de 2009

Acabou!

Tá que eu adoro estudar! Amo todas as teorias pedagógicas. Filosofar sobre Educação é meu sobrenome. Mas um descansozinho é bom também...
U-F-A!

P.S. Eu ganhei um meme ótimo em agosto, o descobri semana passada e até novembro o farei! hahahahha

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Será que eu escrevo muita besteira?

Será que eu sou chata de doer? Será que meus textos são sem nexo? Será que eu perdi o porque inicial de escrever esse blog? Será que escrevo sem emoção?
Será que não me escrevo?
Ou será que só estou egoísta demais? Será que não me expresso?

Ou será essa apenas minha veia filosofar a mais de mil por hora?
Ou será a vida de gente grande que não me deixa tempo pra visitar dezenas de blogs?

Será o sentido, senhorita?

Eu leio

E tem texto que me pega de jeito!
O meu coração só sorri.
E as palavras somem - uma pena que os sentimentos não tenham dicionário.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Descobri também


eu descobri que ser inteira não me dá medo porque ser inteira já é ser muito corajosa..

O tópico frasal

É a idéia mais importante contida no parágrafo.
Assim, se eu venho aqui pra dizer isso, apreende-se que minha cabeça está cheia de teorias e técnicas. Redação, Pesquisa Educacional, Avaliação, Língua Portuguesa; Psicologia, Filosofia e Sociologia da Educação, por aí vai.

É fato mais que conhecido a desvalorização da Educação no nosso país.
Se fosse diferente os tais 25% seriam corretamente aplicados, enfim. Mas descobri uma verdade. Educação é o que eu quero!!! É isso aí!

'Eu poderia desistir, mas aí é que tá: eu amo o campo onde eu jogo!!'

terça-feira, 6 de outubro de 2009


Eu sei muitíssimo bem. Quando começam minhas neuroses em querer o guarda-roupa mais organizado forever, ou todas as tarefas das crianças separadas, lá vem... É meu coração tentando organizar de fora pra dentro.
E se não é possível parar tudo pra arrumar a cabeça e o coração, comofas? Tá certo. Nem teria tanta graça assim, pq as coisas tem seu ritmo próprio e cada coisa tem seu tempo. E eu realmente acredito nisso.
Mas voltando ao assunto... E quando o coração precisa de tempo e não tem?
Viva os feriados? Nem sei. Ainda bem que os cadernos-diários existem? Nem sei, sabia? Vou é arrumar o guarda-roupa. Quem sabe um insight vem.
Uma coisa eu sei: meus não-saberes me levam além do óbvio. Ainda bem!
Parece que eu só queria que ouvi-lo dizer meu nome não fosse bonito assim. Aguenta (agora sem trema, argh! ¬¬) coração...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ghost?

É um fantasma. Vive nos meus pensamentos. Atazana meus sonhos e povoa meus pesadelos. Aquele maldito sorriso sarcástico de ‘sou mais esperto, por isso te roubei’. Raiva. Ódio. Frustração.
Sensação de fragilidade das mais latentes: o que posso fazer eu contra um ladrão? Ele continua lá. Solto. Eu continuo aqui, amedrontada. A culpa é de quem, afinal?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Melhor amiga

Nossa amizade começou no primeiro dia de aula.
Quase uma história de amor. Me lembro daquela menina de cabelo torto, coturno, branquela e falante como eu, bermuda desfiada, blusinha, certinha e curiosa. Faculdade de Educação, abril de 2003.
E quatro ano depois, adivinha quem fica um ano a mais, pra cumprir o resto da integralização curricular? ELA!
Passeios pelos campi, passeatas, corridas, aulas bestas, planos mirabolantes.
[PIC] Formatura, abril de 2009.
Uma quente tarde goiana de primavera, duas mulheres estão sentadas, falando mais alto que a horrorosa música (sertaneja tocada ao fundo, eca!) do futuro, dos sonhos, dos resultados da academia, das aprendizagens dos alunos e discutindo métodos de alfabetização (total e absolutamente opostos, aliás). Um shopping qualquer, setembro de 2009.
Nossa amizade continua.
Uma intimidade louquíssima, que não deixa um só assunto de fora, de todos imagináveis. Melhor amiga. É um título meio brega, parece coisa de adolescente, mas o único cabível nela.
Pode ser palpite, mas nos vejo crescendo juntas. Tantos segredos, muitas lágrimas, bilhetes, poesias trocadas.
Preocupações e orações. A santa coca-cola light com bombom nos dias insuportáveis de TCC. A fugida pra comer o bombom nas aulas tediosas da noite.
O tempo passa e nos vejo mais bonitas e tão realizadas. Ela não usa mais coturno, nem aquele cabelo assimétrico. Eu não sou mais (obviamente, pelo menos) tão comportadinha e o cabelo assimétrico agora é meu. E realizando todo dia a (difícil?) arte de educar criancinhas.
O futuro se abre pra nós.
Uma coisa eu aprendi: coisa melhor do mundo é ter amigos pra crescer. Junto e separado. A gente conversa, a gente se entende, mesmo que a gente dispute quem fala mais em menos tempo.
Feliz aniversário, Lú! Ou melhor amiga não-sou-parente-do-Toni-Garrido.

sábado, 19 de setembro de 2009

Amanheço

Acordo descalça. O céu está bem azul, o dia já quente..
Abro a porta barulhenta, saio até o quintal, xícara na mão. O cheiro peculiar das flores de jabuticaba.

O tempo amansa, muda, traz, troca, transforma.

O tempo permanece.

Olho pro quintal. Chove. Este ano a chuva se atrasou, então eu mudei de idade antes das flores.

Lembro de outras vezes, sentada naquele mesmo quintal, pensando.

Acordo do devaneio...

Não consigo falar do que penso de verdade.

É que o tempo passa... E realmente transforma tudo. O tempo não tem pena, tampouco obriga.

Mas passa... Corre?

Já não sei dizer. Sei que sinto seu ritmo, pra além do dizível. Não tenho desesperos e cobranças. Não sei dizer mas aprendi esperar. Dá pra entender?

Talvez a alegria seja uma consciência completa do ritmo das mãos do Criador.

Uma areia de cada vez.

Acordo pra vida. Me insiro no meu próprio ritmo.

Respeito as pausas e caminho mesmo sem tanta vontade.

Adulta com alma de criança. Alma de poeta.


Cantoria sem ritmo, coração compassado: amanheço.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

É uma felicidade assim, simples...
Sabe quando a dor (qualquer que seja, de vida ou do mundo) é menor?
E a alegria de ver a vida tão linda, se desenrolar diante de você? Veja os pássaros, os desenhos das nuvens, a fruta macia, os pés que caminham sobre o solo, o pôr-do-sol que alaranja tudo.
A vida é linda demais!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Então ele me olha,

com uma carinha de perdido. Sempre. E eu finalmente me comovo.



F., vem aqui pertinho da professora. Eu te ajudo a fazer a tarefa. Ele sorri e vem.



É preciso formar palavras, e pra isso há um quadro de sílabas e números.



Explico, ele encontra a tal sílaba e faz a atividade!!!!!!!! Quando me levanto, pra auxiliar outros alunos, ele se senta na pontinha da minha cadeira, muito concentrado. E seus olhos não param de brilhar, um só minuto.


Aquele menino pequeno, perdido, sempre pra baixo, está mudado. Ele se senta retinho na cadeira. Sinto que olha pro mundo com outro olhar... Pra sua sala de aula, tenho certeza, seu olhar é outro!



Demorou mais que todos, é fato, mas a satisfação dele também é maior que a de todos! Depois dessa tarde, sempre que ele passa por mim dá um abraço de urso, um beijo, um sorriso - ou todos.


F. tem 7 anos e é um menino lindo! Merece todo amor do mundo, mas a mãe 'deu' ele pra vizinha cuidar, por que tem mais dois filhos, e está grávida do quarto. Tristes coisas da vida. Nesses momentos é tão precioso ser professora e tocar a alma desses pequenos!


Você pode imaginar???






"A tarefa do educador moderno não é derrubar florestas, mas irrigar desertos."
C. S. Lewis

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

vinte e cinco anos de aprendizagens


A Lóris (da Clarice) cortou toda a dor, e a partir disso não soube aproveitar nenhum bom sentimento. Eu também já fiz muito isso... Mas não adianta. Meu segredo? Viver todos os sentimentos. Ira, paixão, amor, idealismo, dor.. Deixe que venha e deixe que vá.


Os antes temidos 25 me trazem muitas certezas!!
Boas certezas! Certeza que sou mesmo idealista. Certeza que sou feliz desse jeitinho que sou. Sou feliz com minha história, com aquilo que tenho construído. Certeza que o medo já não é mais meu companheiro tão próximo. Alegria em ser eu mesma - e existe algo mais doce que isso?


Afeto e respeito por todos os (pessoas) presentes que fazem da minha vida realmente vida. Gratidão a Deus, por Seu cuidado, justiça, amor, liberdade. Não tenho palavras pra agradecer, nem palavras pra descrever como vejo Sua mão cuidando de mim, dia após dia.


É Dele que vem a alegria. A força pra fazer de cada queda um passo de dança. A tranqüilidade pra rir de mim mesma e não me incomodar de pagar micos - e eu pago mesmo, sem dó.


Idealista, amorosa, pensadora. Aprendendo a ser constante. Otimista. Amargurada não, nem tomo deste cálice. Acredito, espero, escuto. Sorrio, choro, danço. Aprendo o ritmo, canto desafinada, falo demais, escrevo mais ainda.


Se alguém não gosta, o problema é todo do alguém. Quem é mesmo que paga minhas contas no fim do mês? Ah! Eu mesma! Não que isso signifique arrogância, mas aprender liberdade é... Maravilhótimo!


Feliz aniversário pra mim!!!!
É bom conhecer quem sou; assumir minha identidade e ser feliz assim!

sábado, 29 de agosto de 2009

A professora dançou?

O vídeo da professora baiana dançando uma coreografia ‘sensual’ é o assunto do dia. Ela foi demitida da escola onde trabalhava ministrando aulas de alfabetização a crianças de cinco anos.



Segundo o site G1, “o flagrante aconteceu durante uma apresentação do grupo de pagode O Troco, que costuma convidar as espectadoras para subir ao palco e fazer a coreografia da música Todo enfiado”.

O vídeo é absurdamente tosco, as cenas são bem fortes, mas acho injusto tantas pessoas se levantarem pra jogar pedra, porque isso não cabe, e isso não se faz. Não entremos no mérito da música. A professora foi demitida por sua conduta em um show. No programa do Geraldo Brasil analisaram de todos os lados a conduta da professora, já que ela “representava uma classe profissional”.



Desde quando o que eu faço em minha vida particular é da conta dos outros? Alguém me diga, por favor, porque não entendo.

Somos uma das classes mais desvalorizadas do Brasil, e alguém vem apontar e dizer o que não cabe a uma professora?Aliás, falando nisso, sabe o que não cabe? Um concurso público pagar o mesmo salário a uma professora de ensino fundamental e a um técnico de Raios-X.

Se filmassem uma médica, ou uma engenheira, uma bióloga ou enfermeira não haveria problema algum, certo? E porque no caso da professora todos se acham no direito de condenar?

Impera ainda no Brasil a mentalidade que professoras – especialmente aquelas que lidam com crianças pequenas – devem ser boazinhas, amorosas, carinhosas, boas moças. Vamos atualizar? Professoras devem ser competentes, dedicadas, reflexivas e críticas. O resto é da conta da mulher, não do resto da cidade.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Quer dançar comigo??

Sempre achei que não sabia dançar. Embaralhavam-se os pés, a sandália ia pra um lado, pés pisavam em pés - nem dava pra saber de quem. Um caos total. É complicado esse tal de esperar pelo outro. Ao andarmos lado a lado com alguém percebemos isso, e ao dançar junto têm-se certeza!
Me convenci então que EU não sabia dançar. Fui dançando cada vez menos, achava tão sem-graça aquela sensação de falta de ritmo.
Eis que sábado uma amiga me chama pra... Um ‘bailinho’! Todo mês o núcleo de dança organiza-os. Dançarina exímia, nem queria sair com ela, mas acabei indo. Fiquei acuada, quieta, na minha.
De repente alguém me chama pra dançar. Não um alguém qualquer, mas um alguém que sabia dançar! E eu dancei maravilhosamente! Dancei todos os forrós e até merengue.
Descobri um segredo: quando paro e espero a atitude do parceiro, nada se embaralha. Sapatos não somem, pés ficam intactos. São milésimos, segundos pequenos, mas eu espero. E o par vem, me rodopia, joga pra um lado, pra o outro... Divertimo-nos!
Qualquer semelhança com a vida real foi uma descoberta por acaso...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

amar e voar, voar e amar

ou

Nascemos pra amar livres como um pássaro. Sem medo da mágoa. Sem medo de cair e não mais conseguir-se levantar. Ainda que o mundo seja tantas vezes mau e cruel. Sem desistir!!



"..Um passáro azul pousou no parapeito da janela. (...)

- Considere nosso amiguinho aqui. - começou ela - A maioria dos pássaros foi criada para voar. Para eles, ficar no solo é uma limitação da sua capacidade de voar, e não o contrário. - Ela parou para deixar que pensasse nisso. - Você, por outro lado, foi criado para ser amado. Assim, para você, viver como se não fosse amado é uma limitação, e não o contrário.

(..) - Viver sem ser amado é como cortar as asas de um pássaro e tirar sua capacidade de voar. Não é algo que eu queira para você. Aí é que estava. No momento ele não se sentia particularmente amado.- Mack, a dor tem a capacidade de cortar nossas asas e nos impedir de voar.

- Ela esperou um momento, esperando que suas palavras se assentassem. - E se essa situação persistir por muito tempo, você quase pode esquecer que foi criado originalmente para voar."


[Willian P. Young. A cabana. p. 87-88]

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Coisa uma chamada..

(ou o tal do) sentimento. Uma coisa meio pastosa, meio gelatinosa... Sou feita de uma matéria meio estranha. Dos mais puros, aos mais sujos, chegando aos mais misturados.
Não tenho vergonha de pensar, admitir as derrotas, a fraqueza, a dor ou o desespero, assim como deixo a tona essa tal fortaleza.
Alguma coisa há, muito nobre e muito pobre, que me mantém leve nessa loucura de mundo que vivemos.
Escondendo o óbvio, proclamando o sórdido – é, eu também.
É por isso que falo. Sem tanto pudor, porque esconder não é pra ser humano. Esconder aprisiona, aperta, rouba espaço. Omitir prende, reforça, tira o foco.
Falar liberta. Pular de alegria solta os grilhões.
Não merecemos prisões, além de tantas já obrigados. Todo dia uma loucura.
Assumir dá leveza...
Sou óbvia confusão. Mosaico de escolhas, medos e desejos. Moldes do passado influenciando escolhas.
Admito minhas fraquezas, que fazem parte de mim. Assumo. Sem vergonha mesmo.

sábado, 15 de agosto de 2009

O fim se recicla?

O papel velho e amassado pode ser um papel reciclado? Uma mente cheia de lixo e trambolhos inúteis pode ser transformada? Acho que sim.
Estava esquecendo tudo e me concentrando em nada – sem sentido, eu sei. Muito por dormir muito tarde. Passou. Estou melhor. E de volta, porque isso daqui me faz muita falta!
beijosprocês

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

beijos, me liga! ;**

Não sei o que dizer...
Meu coração tá aqui, apertadi
nho. Mas o Fala Dela chega ao fim.. É um fim prematuro, podescrê. Tantas coisas exigem minha atenção atualmente. E é isso..