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sábado, 25 de setembro de 2010

Uma fé?

"Hoje eu acordei numa casa diferente, num quarto diferente, sem nenhuma muleta, sem nenhuma maquiagem, meus amigos estão ocupados, meus pais não podem sofrer por mim. Hoje eu acordei sem nada no estômago, sem nada no coração, sem ter para onde correr, sem colo, sem peito, sem ter onde encostar, sem ter quem culpar. Hoje eu acordei sem ter quem amar, mas aí eu olhei no espelho e vi, pela primeira vez na vida, a única pessoa que pode realmente me fazer feliz"
Tati Bernardi

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Post-it

Preciso me lembrar e NÃO me esquecer novamente: ao decidir sobre a minha vida, eu preciso ouvir e pesar os prós e contras. Sou eu, e não a minha mãe, meu pai, minha amiga ou colega da escola, quem irá lidar com a situação. Sou eu quem acorda cedo, ou pior, quem sai de casa no meio da manhã pra enfrentar quase duas horas de ônibus. Assim como sou eu, e não qualquer outra pessoa, quem demorará mais pra tirar a carteira de motorista e, por isso, passará mais tempo andando de ônibus. Sou quem perderá as tardes e também as manhãs. Sou eu quem ficará longe das colegas de trabalho que está acostumada, sem os alunos e sem tempo de resolver as coisas. Por isso, é hora de aprender de uma vez por todas: a pessoa que deverá ser ouvida e obedecida sou eu. Não meu pai, a amiga da igreja ou o amigo bem-intencionado. Eu preciso pesar os prós e os contras em relação a minha vida e às conseqüências, porque quem lida com isso tudo não é ninguém mais além de eu mesma. E que por sinal, é a pessoa menos ouvida nesses casos. Pra que de tentar tornar as coisas melhores pros outros, se elas pioram pra mim?
Tô revoltada e indignada comigo mesma. Aff!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Que vibe é essa?

Muitas boas oportunidades surgiram ao mesmo tempo e parece mesmo que eu não parei, ouvi e segui o melhor (naquela época eu achava, mas ô ilusão!). Segui o meu caminho... E sabe a que se resumiam meus dias? Trabalhar durante a semana e dormir fim-de-semana. Perdi filmes, eventos, aniversários de amigos queridos, tudo porque eu estava sempre cansada demais pra sair.

Então essa semana me fiz essa pergunta: Que vibe é essa?

Eu só tenho 26 anos (ui!) e valorizo demais a minha vida pra estar assim, sempre absurdamente cansada. Já conheci e até namorei uma pessoa assim, que vivia no esquema trabalho-sono-trabalho e sei quanto aquilo me cansava.

Só sei pensar nas teorias de Karl Marx, de que o trabalho aliena e que o consumo precisa ser maior e maior, pra justificar tanto trabalho. E sabe? Mesmo que eu ainda não possa ter meu carro, valorizo ter minhas tardes e noites pra fazer o que me der na telha.

E então eu disse não a toda essa alienação, convidei minha amiga liberdade a me fazer uma visita e sentar-se comigo pra um chá da tarde.  Não importa o que eu não possa ter, mas absolutamente a qualidade de vida que sempre valorizei de volta.