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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010


Eu sou abençoada, sabe??? Não de um jeito óbvio, nem como se viver fosse um conto de fadas. A benção, talvez, venha justamente daí: na perfeição não precisamos confiar em ninguém, tampouco sair da zona de segurança.


Mas o lançar-se exige esperança. Não nasci pronta, mas aprendi a tê-la.


Não deixar que a ansiedade fale por mim. Não deixar que o medo paralise ações importantes. Não me desculpar por sem quem sou. Ser, sem medo.


A benção vem de ver aquilo que, aos meus olhos, é impossível acontecer. Isso é agir de Deus! Porque a vida, de repente, exigiu que eu parasse de lamentar, deixasse pra trás os fardos do passado que eu carregava junto de mim. Tensão! O que fazer com tudo aquilo? Entreguei nas mãos Daquele que tudo sabe. Sim, Ele recolheu meu fardo, mas pediu em troca que eu despojasse minhas máscaras. Deixasse vir a tona aquilo que é feio e vergonhoso.


Humano não é sinônimo de perfeição, mas tantas vezes esperamos quase isso, de nós e dos outros. Caiu a máscara da quase-perfeita-tão-bondosa.. Ohs e ahs foram ouvidos, enquanto eu caminhava, impressionada com tudo aquilo.O que?


A tal liberdade, pois é. E então Ele pediu, que eu não voltasse a ter pensamentos torturosos e angustiantes. Oi? Como assim Deus? Eu recebi a paz que excede minha compreensão. E vivi. Vivo!


Eu sou abençoada, porque posso confiar Naquele que é Todo Poderoso. Vivendo. Minhas lágrimas serão adubos pras sementes que cuido com tanto cuidado. Com alegria – e mais lágrimas – eu colherei minhas vitórias.


Minhas bênçãos, que ignoram o que é só matéria, porque só isso é superfície. E que pode ser oca, quebradiça ou podre. E ninguém faz felicidade assim. Precisa-se de sustança – como diria minha sábia avó. A conquista, amar o que se tem, nenhuma grana paga. Amigos da caminhada, longos e tortuosos caminhos, esperanças renovadas. Conquistar! Com suor e lágrimas. Não receber de mão beijada e descartar em seguida.


O que eu posso dizer? Obrigada, Senhor!


Nada que Ele faz é óbvio, tampouco Ele tem pressa... Tenho certeza que não precisamos de todo o script, nem do roteiro completo. Basta o próximo passo, basta uma pequena luz. Caminhando!


Eu, que já tive dores e decepções, O culpei por muita coisa, nada entendi (e não entendo!) de tantas outras. Eu, que já me desesperei e o culpei por falhas minhas, posso dizer, sem sombra de dúvidas: Deus é bom em todo tempo!


Eu não vou explicar, nem clarear pra você meus motivos. Não quero justificar nada pra ninguém. To apenas dividindo e que meu coração aprenda essa certeza: Deus é bom em qualquer tempo. Alegria, alegria. Se divertindo enquanto tudo tá um caos, se divertindo em pagar os maiores micos, se cuidando pra mergulhar de cabeça.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Da série: Não, eu não desculpo!


'Não posso te ver hoje. Preciso descansar, porque amanhã trabalho cedo.'
'Não posso te ver: muito trabalho acumulado.'
'Vou dormir porque o plantão é de 24h.'
'Ih, gata, hoje não dá, amanhã tatuo cedinho.'
'Não posso hoje, tenho um trabalho pra fazer.'



Sabe como chama isso? Pouco caso de quem não está interessado.

Ahhhhh! Mas ele é fofo? Beija bem, é inteligente e bom de papo? Ou ele é aquele cara que levou meses pra te chamar pra sair. Ou aquele que pegou seu telefone com a vizinha da prima da colega de trabalho? Tanto faz.

Uma amiga diz que minha mente anda profundamente masculina... hahahaha.

Eu não aceito mais isso, sabe? Já escutei e aceitei de tudo. Sério mesmo. Mas, como eu sempre digo, tem uma hora que crescemos. Eu me dou valor. Não sou um pedaço de lixo, que ele cuida de qualquer jeito não!


Pouco caso ele vai fazer com quem aceita, não comigo.Parece simples, falando assim.


Não se engane: não é. Mas se começou assim, pensa daqui um tempo? Ou se não era assim, o que fez o moçoilo perder o cuidado, heim? Respeito é bom e com uma boa dose de atitude junto, tudo de bom!

Mas eles já sabem disso. Só não colocam em prática quando não querem. E não, eu não desculpo - pelo menos não facilmente. Haja explicação! ¬¬

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

cansaços necessários, desgastes desnecessários





Chega uma hora que cansa, né?
Tudo que passa do nosso limite, exagera na paciência, ou é sapo maior que a garganta... Cansa! Ser a pessoa que se esforça pelo relacionamento também. Ser a paciente, a compreensiva, a que abre mão, aquela que entende, compreende, aceita, acolhe, espera.
Cansa, baby!
Ser a doce, boazinha e querida. Compreende os bodes, a prova cabulosa de semana que vem, a necessidade de sair com os amigos, a falta de tempo, grana – falta de vontade, vamos combinar.
Então que eu sou a doce e amorosa. Mas quem é doce e amoroso comigo?
Eu entendo as fases de todo mundo, mas quem acompanha as minhas?
Não. Meu nome não é Perfeição. Eu não sou, nem tenho talento para ser uma versão século XXI da Madre Teresa. Meu nome também não é Jó, tampouco tenho a paciência dele.
Meu nome é Mulher. Com vírgulas, pontos e fases também. Com raivas e frustrações – veja só que incrível! E, enquanto refletia desse cansaço de ser porto seguro e pronto socorro, descobri uma coisa: minha necessidades são tão importantes quanto as dos outros.
Que outros? Quaisquer outros! A chefe, a melhor amiga, a amiga depressiva, a amiga chata, o amigo desesperado, o namorado workaholic, a tia sofrida, a colega de trabalho folgada.
Insensível, eu?
Pois é. Descobri que sem um pouco de insensibilidade não dá. Ou talvez isso seja sintoma de alguém que se cansou de ser colocar no finzinho da lista de prioridades. Anyway, baby.
Vale é que eu estou aqui, querendo viver tudo. Olhando pra mim, preocupada comigo, me notando e crescendo. Pros lados, pra dentro, pra fora, de olho, de sorriso. Alimentando minha alma com o que é valioso.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O politicamente correto acarretando males



O politicamente correto está corroendo tudo! Ninguém mais pode ter opinião que desconsidere algum grupo, ou estigmatize – mesmo que ligeiramente. Talvez a idéia de não usar palavras pejorativas ao fazer referências seja interessante, se não tornar-se prisão. Explico: não dizer não significa não pensar! Esse é o grande segredo que os radicais se esquecem.

Enquanto pesquisava para escrever esse texto, me deparei com a cartilha “Politicamente correto & Direitos humanos” (BRASIL, 2004). Na apresentação, o Subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Perly Cipriano, chama a atenção para as palavras que usamos “mas que, na verdade, mal escondem preconceitos e discriminações contra pessoas ou grupos sociais” (p. 3). Sim, precisamos nos atentar a linguagem que utilizamos. Certo.

Eu, por exemplo, por ser professora, tomo cuidado com os termos que falo, porque observo que meus alunos, de alguma forma, reproduzem minhas atitudes. Não falo palavrões, evito colocar apelidos e fazer generalizações, mas minha crítica é a prisão que tudo isso pode ser tornar.Sim, porque manter o termo correto sem uma des-construção do preconceito, de nada adianta. O tema veio a minha mente por causa do bafafá em que Boris Casoy se meteu ao criticar os garis. O jornalista disse: “Que merda! Dois lixeiros desejando felicidades, do alto de suas vassouras. Dois lixeiros! O mais baixo da escala do trabalho”.

Opinião profundamente preconceituosa, sim. Mas, mais do que ser criticado, não é mister que Casoy tenha o direito a sua opinião? Para, quem sabe, sentir seu teor preconceituoso e desconstruí-la?

Pedro Sette-Câmara, diz que “se é crime achar qualquer coisa, se é crime correr o risco de estar errado diante dos ‘politicamente corretos’, então o melhor pode ser não ter opinião nenhuma sobre diversos assuntos.”. Mas, e se eu quiser ter opinião? Pior, e se minha opinião for contra a maioria?

Enfim, precisamos de opiniões honestas sobre tantos assuntos! A hipocrisia afunda o país, acarretando mais mal que bem, quando ignora a necessidade de ensinar respeito, fecha os ouvidos para o preconceito enraizado e cala as vozes dissonantes, que permitem o diálogo.

Como disse um camarada: para se separar as reais boas intenções do ridículo, basta tratar qualquer pessoa com respeito.

Opine vc tbm!

Celular desligado as 12h pm de domingo significa o quê????? =P

sábado, 2 de janeiro de 2010

#2

"Porém Noé achou graça diante do Senhor"
Gn 6.8


que eu ache graça aos olhos Dele! =D

#1

"Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou."
Gn 1.27

Acredito que a medida que camino na pegada de Deus me pareço mais e mais e mais com o que Ele planejou eu fosse :)

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Me.. me.. ME!





Me vejo, me sinto, me escuto.
Há uma mulher escondida na menina
Me escuto, não lamento mais...
Os baús são carregados pra fora do quarto

Me vejo...
Tantas imagens me formam, me deformam, me limitam
Alguma coisa sai no meio disso tudo...

Me leio.
Algumas influencias, aparências, parecências
Alarmes, discrepâncias
Folhas perdidas em tantos cadernos
- quantos mais terei?

Me escrevo
A folha está branca, habituada a me receber...
Envergonhada, despudorada,
aprendendo, errando, tentando?

Me escrevo!
Aqui eu me sou, sinto, vejo, ando, choro
me reencontro, depois de dias sem contato

Me desfaço, me refaço..
Me sinto lua, em tantas fases
Me desfaço...
Me vejo nua, o pavor de olhar se dissipou
Me refaço,
ergo-me do chão, recomeço a caminhada

- Um dia eu inventei uma analogia

Eu sou míope, sabe? Tipo assim, muuuito míope, do tipo que acorda e a primeira coisa que faz é colocar os óculos. Do tipo que vê borrões, não lê nada, não vê pessoas, chuva, assalto, cachorro ou papagaio. Enxergo tudo embaçado sem óculos, anyway. E eu sou dada a pensar em coisas nada a ver... hahahahaha.

Eis minha analogia: o coração também é míope. É. Às vezes não conseguimos ver beleza em nada, nem ninguém. Não conseguimos esticar nossos braços pra tocar o belo, para chegar ao outro. Não vemos o amor, quando é óbvio pra todo mundo. Nã
o nos alegramos com nada. Não nos emocionamos, nem indignamo-nos, revoltamo-nos. Nothing else.

O Elias José vai além, nos lança uma pergunta-amedrontadora: ‘Estarão nossos’ olhos opacos, sujos e desatentos para vivenciar, com toda carga de humanidade o espetáculo da vida?’ Humanidade. O Michaelis define humanidade como “sf (lat humanitate). A natureza humana; o gênero humano; sentimento de clemência de homem para homem; benevolência”. Nós somos humanos,
e é parte sermos sensíveis, sentimentais, bobos, revoltados, indignados. Insensíveis não. Cruéis não.

Talvez o sofrimento nos deixe míop
es de alma. Talvez tenhamos cansado de levar na cara, tentar e acreditar sempre. Talvez a impossibilidade da mudança tenha nos revoltado a ponto de não vermos mais. Talvez o cansaço e a rotina tenham embaçado nossos olhos. Talvez, quiçá, quem sabe...

E há o espaço da mudança. O momento que colocamos nossos óculos e olhamos o mundo colorido, nos detendo em cada nuance, cada tom. Coloco meu óculos e vejo tudo claro, tudo limpo, e quando estou de lente então, nem se fala! Eu vejo e me a
dmiro até com as formigas.

Porque o fato é que você pode ser míope e nem saber, já que você está tão acostumado a não ver que simplesmente acha que esse é o comum. O padrão é ver – nem que passe bati
do. Lembro que a primeira vez que usei óculos me impressionei em como as coisas eram definidas... Hahahahaha. Achava quase mágico ver os detalhes – me acostumara mal sem saber. O Elias citou a Cecília, e deixo ela pra nós, como um óculos novo.

“Mas quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, pra poder vê-las assim.”