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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

De viver e reerguer

Lady-Tori
Tem machucado que precisa de band-aid, tem aqueles que precisam de atadura e cicatrizante. Existem as grandes dores e as pequenas. Bater o pé, martelar o dedo, tirar bife do dedinho. Sinusite, quebrar o pé, são médias. Coração magoado é do tipo enorme.
É a dor estilo construção. Você começa ali, meio não querendo, só fazendo por fazer, mera distração. Mas na verdade, sem que você se dê conta, bases são lançadas. 
Aquele sorrisinho de quando você chega – eu sei que você sabe! – se torna importante. Os papos se tornam pessoais, chega a tal da intimidade, que nesse ponto ainda cai bem. É outra pessoa que faz parte da outra construção – leia-se: você e sua identidade. 
Esse somatório torna tudo mais bonito. Até o dia que esses sorrisinhos, gracinhas provocam sorrisinhos-apaixonados de canto de boca. Tudo fica mais leve, ganha contornos mais bonitos. Gostoso né?
Está se tornando uma bela construção! Até que se descobre uma mentira do tamanho de uma bomba. E derruba o prédio todo. Não pequena, mas enorme!!! O que era bonito se torna feio, o que era leveza se transmuta em grande dor. 
Um nó na garganta. Uma coisa engasgada, que não quer descer de jeito nenhum. Mais água? Não obrigada. Quem sabe uns berros. Quem sabe uma briga. Eu já sei que não resolve assim, que isso é colocar pra fora a minha frustração. Mas a culpa é toda dele, então que se dane os comportamentos aceitos e a boa educação. Procuro na minha mente os palavrões mais feios, aqueles que eu só digo em pensamento. Porque os causadores de dores enormes os merecem. Aos berros.

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