"Tem a
ver. Você disse que não quer responsabilidades. Senão você iniciaria
simplesmente um caso comigo e seria o que tivesse de ser. É possível que tudo
fosse bem e alguém decidisse constituir uma família, ter filhos."
"Mas,
Niki, não temos a certeza disso."
Niki sorri e
começa a brincar com as pontas dos cabelos. "Escute, Alex, você sempre me
faz ouvir aqueles CDs do seu amigo Enrico."
"E daí?
Você não gosta?"
"Está
brincando? Gosto demais do Battisti. Aliás, tem uma canção que parece bem o
nosso caso. É assim... sou um pouco desafinada, viu, não faça caso, tá?, mas
preste atenção nas palavras."
Niki começa a
cantar e sorri ao mesmo tempo. Canta com extrema doçura. E não desafina.
"Quem
sabe, quem sabe quem é você? Quem sabe quem será? Quem sabe o que será de nós?
Descobriremos só vivendo..."
Niki
interrompe e olha para ele.
"O.k.,
entendi. Se fizer uma propaganda cantada certamente não vai me contratar, mas
dei uma boa idéia?"
"Sim,
perfeitamente. Mas talvez você não lembre dela inteira, porque essa canção
depois
diz..."
Alessandro
também se põe a cantar. "Estou percebendo que cheguei em casa, com a minha
caixa ainda com a fita cor-de-rosa... Escute agora e... não gostaria de ter
errado as minhas compras ou a minha esposa." "Ora, exagerado! Você já
chegou lá no fim! Já está preocupado com aquele mo¬mento... É cedo para falar
disso!" Alessandro pega um CD. Coloca no aparelho. Faixa seis. Tecla de
adiantamento rápido. Encontra aquilo que ele quer fazê-la ouvir. "De
qualquer forma agora tenho um pouco de medo, agora que essa aventura está se
tornando uma história verdadeira, espero muito que você seja
sincera!"
Niki agarra
mão dele e a beija na palma.
"O que
você quer me dizer, Alex, que tem medo? Não sabemos nunca nada sobre nós, do
amor, do futuro, Lúcio tem razão, vamos descobrir vivendo. O que há de mais
bonito?"
Alessandro
sacode a cabeça levemente.
"Um dos
dois vai se machucar. A diferença de idade é grande demais."
"E tem
medo que seja você a se machucar? Pensa que para mim não passa de uma aventura?
É mais fácil que seja assim para você... Todas as minhas amigas dizem
isso..."
Alessandro
abre os braços. "Ei! Eu não imaginei que elas gostavam tanto assim de mim!
Frederico
Mocia – desculpa se te chamo de amor
Comunidade
Traduções e Digitalizações –
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=65618057
293
Se for por
isso, os meus amigos também dizem o mesmo para mim."
"O que
dizem?"
"Divirta-se
enquanto der, enquanto ela não se cansar."
"Sim,
claro, são todos casados, têm esposa, alguns até filhos, e vivem mal esse seu
momento porque gostariam eles também de fazer isso. Alex, aquele que deve
decidir é você. Em minha opinião, é só uma questão de medo..."
"Medo?"
"Medo de
amar. Repito, mas o que há de mais bonito? Que risco maior vale a pena correr?
Como é lindo se dar completamente a uma outra pessoa, confiar nela e não ter
outro desejo a não ser vê-la sorrir."
Frederico Moccia novamente. Esse livro é um encanto de ser ler. Já li e estou ainda sofrendo de ressaca literária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Escreva aqui que ouço dali ;)
Seja bem-vindo!